O presidente da Guiana, Irfaan Ali, anunciou sua intenção de acionar a ONU após Nicolás Maduro declarar uma série de medidas para estabelecer uma província venezuelana em Essequibo.
Ali caracterizou essas medidas como uma “ameaça direta à integridade territorial da Guiana” e destacou que constituem uma violação dos princípios fundamentais do Direito Internacional. Durante um pronunciamento nas primeiras horas da manhã, no horário de Brasília, o presidente da Guiana afirmou que o país reforçará as medidas preventivas para assegurar a segurança de seu território.
O líder guianense também classificou a ação de Maduro como “desesperada” e acusou a Venezuela de rejeitar o Direito Internacional, a justiça, a moralidade e a preservação da paz e segurança internacional ao desafiar a Corte Internacional de Justiça, declarando-se uma nação fora da lei.
Na Assembleia Nacional da Venezuela, Maduro defendeu a aprovação da Lei Orgânica que possibilitaria a anexação de Essequibo ao território venezuelano, citando a decisão da maioria da população venezuelana em um referendo no último domingo (3).
Além disso, o presidente venezuelano expressou a intenção de criar um Alto Comissariado para a Defesa da Guiana Essequibo, contando com a participação de diversos órgãos do governo venezuelano, com o objetivo de incorporar a região ao território venezuelano. Maduro também propôs um plano de Assistência Social para os residentes do território, que incluiria um censo, a distribuição de uma nova carteira de identidade e a elaboração de um novo mapa da Venezuela para escolas e universidades, já considerando a anexação de Essequibo.