No Rio de Janeiro, no início da noite deste domingo (12), a Polícia Federal deteve mais um indivíduo suspeito de envolvimento no esquema de recrutamento de brasileiros pelo grupo extremista Hezbollah. A identidade do detido não foi revelada.
Na última quarta-feira (8), a Polícia Federal realizou uma operação para desmantelar atividades preparatórias para ataques terroristas no Brasil. Durante a ação, foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, resultando na prisão de duas pessoas.
O principal suspeito, Abdulmajid, encontra-se atualmente foragido e é alvo de busca pela Interpol. Ele é um cidadão sírio naturalizado brasileiro que chegou ao Brasil em 2008. Sua ficha criminal foi iniciada em 2014, quando foi preso em flagrante por vender bebida alcoólica a menor de idade em Minas Gerais.
Mohamad, o suspeito, é casado, e sua esposa é responsável por duas lojas de produtos para tabacaria no centro de Belo Horizonte. Segundo a PF, ele é o verdadeiro proprietário dos negócios.
A partir de 2021, Abdulmajid passou a ser alvo de investigações da Polícia Federal por contrabando. À medida que as apurações avançaram, os investigadores suspeitaram que a venda de produtos ilegais tinha o propósito de financiar atividades terroristas.
Os investigadores estão detalhando informações sobre brasileiros que teriam sido recrutados por Mohamad Abdulmajid para ingressar no grupo extremista. Até o momento, a investigação indica que esses indivíduos não possuíam laços ideológicos ou religiosos com o Hezbollah.
A PF acredita ter impedido a formação de uma rede de mercenários destinada a prestar serviços para o Hezbollah. Esse tipo de criminoso é conhecido como “proxy”, atuando por procuração e motivado por dinheiro.
Durante um interrogatório, a Polícia Federal exibiu uma foto de Mohamad Khir Abdulmajid a um dos investigados, que afirmou que ele se assemelha a um dos mensageiros que encontrou no Líbano.