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Mesmo sem casos confirmados da gripe aviária no Nordeste, os produtores de frango da região já enfrentam as consequências do surto que atinge os grandes exportadores do Sul e Sudeste. Com a suspensão temporária de mercados como China, União Europeia e Argentina, o excesso de carne de frango no mercado interno está derrubando os preços, ameaçando a renda dos avicultores locais. A informação é do portal Investindo por Aí.
Onda de Impactos Além das Granjas
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ainda está restrita ao Sul e Sudeste, mas seus efeitos econômicos já se espalham. Grandes importadores bloquearam compras do Brasil, e o frango que seria exportado agora pressiona o mercado doméstico. Para os produtores nordestinos, que não têm a mesma estrutura das grandes empresas do Sul, a situação é especialmente preocupante.
Prejuízos em Cadeia
A avicultura no Nordeste, embora menor em escala comparada ao Sul, é vital para a economia de estados como Pernambuco, Bahia e Ceará. Com a queda nos preços, muitos pequenos produtores podem não cobrir seus custos. Dados recentes mostram que o peito de frango no atacado já caiu de R$ 11,00 para R$ 10,60/kg, enquanto a coxa baixou de R$ 8,30 para R$ 7,50/kg.
Além dos criadores, toda a cadeia produtiva é afetada: desde fornecedores de ração até transportadores e abatedouros locais. A logística também pesa contra a região, já que os custos de frete tornam difícil competir com os preços do Sul.
Prevenção e Busca por Alternativas
Para evitar que a doença chegue ao Nordeste, órgãos como a Adagro (Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco) reforçaram medidas de biossegurança, incluindo controle de acesso a granjas e monitoramento de aves silvestres.
Enquanto isso, especialistas sugerem que os produtores busquem novos mercados, como feiras regionais e parcerias com redes de supermercados, além de fortalecer o cooperativismo para ganhar competitividade.
O Desafio: Proteger a Economia Local
A gripe aviária ainda não atingiu o Nordeste, mas seus impactos econômicos já são uma realidade. O maior temor é que a crise sanitária se transforme em uma crise social, afetando milhares de famílias que dependem da avicultura. Enquanto o governo trabalha para conter o surto, os produtores nordestinos precisam se adaptar para enfrentar os desafios que já estão batendo à porta.