A cidade de Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo, vive dias de apreensão após as eleições deste domingo (6). Dorlei Fontão (PSB), que obteve 55,40% dos votos válidos, teve sua vitória anulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido à tentativa de um terceiro mandato consecutivo, o que é proibido pela legislação eleitoral.
Fontão recebeu 6.158 votos, derrotando Aluizio Correa (União Brasil) com 4.828 votos (43,44%) e Brunão do Povo (Avante), que teve 129 votos (1,16%). Apesar de ser o favorito da maioria dos eleitores, sua candidatura foi considerada irregular pela Justiça Eleitoral.
O impasse político
A trajetória de Dorlei Fontão em Presidente Kennedy inclui sua ascensão à prefeitura em 2019, após o afastamento da então prefeita Amanda Quinta Rangel por corrupção. Reeleito em 2020, Dorlei agora enfrenta sua maior batalha política. A Justiça Eleitoral tem até 19 de dezembro de 2024 para decidir o futuro da cidade.
Dorlei já teve seu recurso negado em instâncias inferiores, mas o TSE ainda deve dar o veredicto final, determinando se ele poderá ou não tomar posse.
Possíveis cenários
A população local aguarda com ansiedade os próximos passos. Entre as possibilidades estão:
- Caso o recurso de Dorlei seja aceito, ele poderá assumir mais uma vez o cargo, como desejado pela maioria.
- Se o recurso for rejeitado, o vice-prefeito poderá assumir, trazendo uma continuidade, porém sem a figura carismática de Dorlei.
- Se a chapa for indeferida por completo, novas eleições serão convocadas, prolongando a incerteza.
Aluizio Correa, o segundo colocado, não pode assumir automaticamente, pois Dorlei obteve mais de 50% dos votos válidos, impedindo sua ascensão.
Agora, resta esperar a decisão final da Justiça Eleitoral para saber quem será o verdadeiro prefeito de Presidente Kennedy.