Com foco na presidência do STF, apoiadores de Bolsonaro preferem adiar andamento do pedido de impeachment de Lula para 2025; saiba mais.
Embora já tenham protocolado o requerimento, parlamentares bolsonaristas que articularam o pedido de afastamento de Lula pela fala sobre Israel preferem que o processo só avance em 2025 no Congresso.
O motivo, dizem, é que, se o processo avançar ainda em 2024, quem vai comandar a eventual sessão do Senado para julgar o mérito do afastamento será o atual presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.
Na avaliação de bolsonaristas, que veem Barroso como um “aliado de Lula”, o atual presidente do Supremo poderia “complicar” a sessão (leia-se: favorecer o petista de alguma forma).
Na visão dos bolsonaristas, o melhor cenário seria o afastamento avançar apenas em 2025, quando o presidente do STF será Edson Fachin — ele assumirá o comando da Corte em setembro do próximo ano.
Fachin é considerado menos “petista” pela oposição. Assim como Barroso, foi nomeado ao STF por Dilma Rousseff. Entretanto, foi considerado um dos ministros da Corte entusiastas da Lava Jato.
O pedido de afastamento de Lula foi protocolado com cerca de 140 assinaturas de deputados. Apesar disso, lideranças da Casa consideram “impossível” o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abrir o processo.
Como mostrou a coluna, a oposição pretende fazer um ato simbólico a favor do afastamento na próxima semana, no Senado. A ideia é manter o assunto em alta.