Neuralink: o que podem fazer os chips cerebrais da empresa de Elon Musk?
Startup abriu inscrições de pacientes interessados em participar de primeiros testes do em humanos. Chip foi criado para ajudar pessoas com paralisia a controlar dispositivos com o pensamento.
O bilionário Elon Musk quer implantar chips em pessoas com paralisia cerebral para que elas possam controlar objetos com o pensamento. Por meio de sua startup, a Starlink, ele anunciou a abertura das inscrições para pacientes interessados.
A empresa recebeu em maio o aval dos Estados Unidos para iniciar testes em humanos. Na terça-feira (19), foi a vez de um conselho independente dar o sinal verde para o recrutamento de participantes do estudo. A expectativa é de que a tecnologia tenha impactos transformadores na saúde.
“O futuro vai ser estranho”, disse Elon Musk em 2020, ao explicar o potencial dos chips cerebrais da Neuralink.
Nos últimos sete anos, a empresa vem desenvolvendo um chip de computador projetado para ser implantado no cérebro, onde monitora a atividade de milhares de neurônios.
O chip – oficialmente considerado uma Interface Cérebro-Computador (ICC) – é uma pequena sonda contendo mais de 3.000 eletrodos ligados a fios flexíveis mais finos que um fio de cabelo humano.
Musk quer conectar o cérebro com computadores para permitir o download de informações e memórias das profundezas da mente, como no filme de ficção científica Matrix, de 1999.
Além de tentar tratar condições como cegueira e paralisia, Musk planeja usar o chip da Neuralink para alcançar a telepatia humana, que, segundo ele, ajudaria a humanidade a prevalecer em uma guerra contra a inteligência artificial.
Ficção científica ou realidade?
Isso é viável? Resposta curta: não.
“Não podemos ler a mente das pessoas. A quantidade de informação que podemos decodificar do cérebro é muito limitada”, afirma Giacomo Valle, engenheiro neural da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Juan Alvaro Gallego, pesquisador de ICC no Imperial College London, no Reino Unido, concorda.
“O problema fundamental é que realmente não sabemos onde ou como os pensamentos são arm